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Terror​ ​para​ ​todos​ ​os​ ​gostos

No texto de Hoje, indicaremos três livros para ler no Halloween 

A​ ​palavra​ ​Halloween​ ​surgiu​ ​da​ ​expressão​ ​“All​ ​Hallow’s​ ​Even”​ ​que​ ​significa​ ​“véspera de​ ​todos​ ​os​ ​santos”. 
Como festa pagã, o Halloween tinha por objetivo afastar os maus espíritos com suas ações terríveis que ameaçariam as colheitas. Nesse dia, usa-se máscaras pros espíritos, que vagam na terra nesse dia, não reconhecerem os humanos. Em comemoração à está festa, o biblio em foco indica à vocês, três livros para entrar no clima festivo e curtir no melhor estilo dos bibliotecários. 

Ecos. Não​ ​se​ ​engane​ ​pela​ ​capa​ ​fofa​ ​em​ ​roxo​ ​e​ ​laranja,​ ​esse​ ​livro​ ​promete​ ​variadas​ ​emoções e​ ​não​ ​disse​ ​que​ ​seriam​ ​alegres. Escrito por Pam Munoz Ryan, publicado originalmente em 2015, traduzido esse ano (2017) por Dalton Caldas e publicado pela Darkside. 

Resumo: A aventura começa cinquenta anos antes da primeira guerra - a guerra pra acabar com todas as guerras -, quando o pequeno Otto se perde na floresta negra e encontra as três irmãs encantadas, prisioneiras de uma velha bruxa, que conhecia apenas das páginas de um livro, e acreditava ser apenas uma lenda. Como em um passe de mágica, as irmãs o ajudam a encontrar o caminho de casa. E Otto promete libertá-las, levando o espírito das três dentro de uma inusitada gaita de boca. Ao longo dos anos, o instrumento chega à mão de novos donos: um menino que vê sua sonho de se tornar músico interrompido pela ascensão do nazismo; um jovem pianista prodígio que vive num orfanato e luta para não ser separado do irmão caçula; uma filha de imigrantes mexicanos que cuidam de uma casa de japoneses enviados à um campo de concentração dentro dos estados unidos, durante a Segunda Guerra. Personagens com dramas diferentes, mas um amor transformador pela música. Cada um à sua maneira, eles são afetados pela magia das irmãs. Prepare-se para ser arrebatado e enfeitiçado por essa fábula harmônica. 

Pra aquecer, comecemos por Ecos, esse livro que te fisga na capa que traz as cores vivas do Halloween e seus adornos remetem ao encanto das florestas, sem se esquecer da magia deixada pela gaita viajante durante toda a história. O livro tem uma escrita fluída e apesar das interrupções de um momento o outro, o resgate ao passado dos personagens te faz sofrer junto e desejar que as coisas dêem certo no final, como qualquer outro conto de fadas. 

Edgar​ ​Allan​ ​Poe. Os​ ​clássicos​ ​contos​ ​macabros​ ​de​ ​Poe​ ​sobre​ ​as​ ​faces​ ​da​ ​morte​ ​já​ ​não​ ​são desconhecidos​ ​pela​ ​maioria​. E fáceis de serem encontrados no meio acadêmico devido a paixão nada oculta do corpo docente. 
Apesar​ ​de​ ​não​ ​ser​ ​referência​ ​na​ ​literatura norte-americana,​ ​no​ ​Brasil,​ ​Poe​ ​é​ ​um​ ​ícone​ ​e​ ​exemplo​ ​de​ ​escrita,​ ​criatividade​ ​e envolvimento​ ​textual.​ Seus​ ​contos​ ​são​ ​novelos,​ ​pois​ ​sua​ ​trama​ ​se​ ​desenrola​ ​por caminhos​ ​curvos​ ​criando​ ​o​ ​ambiente​ ​certo​ ​para​ ​à​ ​chegada​ ​do​ ​clímax​ ​que​ ​revela​ ​toda a​ ​essência​ ​da​ ​história​ ​contada,​ ​arrebatando​ ​seus​ ​leitores​ ​num​ ​mix​ ​de​ ​surpresa​ ​e consciência. A edição do compilado de Poe feito pela Darkside traz vários dos textos mais conhecidos que ele escreveu. Dando destaque para “A Queda do Solar de Usher”, pelo estresse da loucura gradativa que se apossa dos irmãos, tornando os dias cada vez mais tensos e num ciclo sem fim que decreta o fim de qualquer sanidade; e “Gato Preto”, pela culpa que nunca abandona e afronta de um ser tão insignificante que insiste em julgar, se esgueirar e não deixar esquecer dos meus próprios erros. 

À edição foi bem desenvolvida de modo que houve uma divisão dos textos em pequenos grupos de afinidade possibilitando uma experiência de conexão e seguimento do ambiente e loucura apresentada pelo autor em suas obras. Os diferenciais dessa edição para tantas outras é que além de uma nota feira pela tradutora Márcia Heloísa, há também uma divisão inteira contendo as mais variadas faces possíveis de “O corvo” num capítulo intitulado “A filosofia da composição” e, ainda, trazendo nomes da escrita brasileira: Machado de Assis e Fernando Pessoa; que apresentam suas próprias traduções deste conto, onde é possível a experimentação dos sentidos e de partes diferentes do texto com maior intensidade. 

It,​ ​a​ ​coisa. No​ ​terror​ ​de​ ​Stephen​ ​King,​ ​essa​ ​história,​ ​que​ ​recentemente​ ​virou​ ​filme,​ ​traz​ ​à​ ​tona seus​ ​piores​ ​medos.​ ​Caso​ ​não​ ​tenha​ ​coulrofobia​ ​(medo​ ​de​ ​palhaços),​ ​terá. 




Resumo: Foi em 1958, na pacata Derry, que eles aprenderam o real sentido de algumas palavras. Foi ao longo de junho de 1958, durante as férias escolares, que Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly descobriram o que significa amizade, amor, confiança e…medo. O mais profundo e tenebroso medo.Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixa em Derry terríveis marcas de sangue. Quase trinta anos depois, eles voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror avassala a pequena cidade e somente eles são capazes de enfrentar e vencer a Coisa. O tempo é curto.

 No entanto, eles vão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites. No curso gradativo da lista, It é sem dúvida o livro mais assustador que você poderia ler hoje. Stephen King e seu tão conhecido modo de escrita, brinca com o imaginário do leitor e o prende na longa teia narrativa dessa história que acontece em duas épocas simultaneamente. O autor têm um dom de relembrar o passado, narrar o presente e anunciar o futuro de modo que o leitor queira acabar com suas mil páginas o mais rápido possível. Sua escrita desperta à curiosidade sobre os fatos e você consegue mergulhar na história vivenciando todo o suspense e medo que envolve os protagonistas. 

Como “brinde” nas indicações lhes convido a um dia lerem Leon Tolstoi esse escritor russo que brilhantemente domina a escrita e o coração dos leitores. Em destaque à data, “O diabo​” serve bem ao propósito de impactar, apesar de não ser bem terror, digo sempre que o realismo de Tolstoi te aterroriza, na forma como é tão forte o sentimento de cumplicidade e reconhecimento nas ações e emoções do protagonista. Espero que tenham gostado das indicações, e não esqueçam: “A​ ​leitura​ ​é​ ​de​ ​extrema importância​ ​para​ ​o​ ​desenvolvimento​ ​da​ ​escrita,​ ​da​ ​expressão​ ​e​ ​uma​ ​forma​ ​de despertar​ ​além​ ​do​ ​senso​ ​crítico,​ ​uma​ ​sensibilidade​ ​humana​ ​que​ ​muitas​ ​vezes​ ​é deixada​ ​em​ ​segundo​ ​plano,​ ​mas​ ​tão​ ​importante​ ​quanto​ ​outros​ ​valores.”

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